Navegação

Mademoiselle Cochon

Uma mente perturbada?

 

Posts anteriores

Depressão, ou algo assim...
Ciranda
Welcome
Eu Tive Um Pesadelo...
Declaração
Sobreviventes
Congelar
Uma coisa velha, sei lá de quando...
Conclusão em Andamento!
Amor Insano

Arquivo

dezembro 2007
janeiro 2008
fevereiro 2008
março 2008
abril 2008
maio 2008
junho 2008
julho 2008
agosto 2008
setembro 2008
outubro 2008
novembro 2008
dezembro 2008
janeiro 2009
fevereiro 2009
março 2009
abril 2009
maio 2009
junho 2009
julho 2009
agosto 2009
setembro 2009
janeiro 2010
março 2010
maio 2010
junho 2010
julho 2010
agosto 2010
maio 2011
janeiro 2012
abril 2012
maio 2012
julho 2012
agosto 2012
setembro 2012

Links

•Galeiras blog Link aqui
•Philips Blog Link aqui
•Giovana Blog Link aqui
•Maron Blog Link aqui
•O Camelo e O Circo Link aqui

Sobre mim

saumensch

O inverso do perverso.

Profile completo

Layout

Layout feito por Maron para uso exclusivo da Porca-chan. No copy.

Posts

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A Casa Da Água Azul
Contaram-me, uma vez, que naquela casa habitava apenas criaturas que não conseguíamos ver, ou que nossos olhos captavam, mas nosso cérebro não conseguia reconhecer. Disseram-me que apenas quem tiver os olhos e o coração de uma criança, e uma mente de adulto, irá conseguir descrever o que ocorre naquela casa. Então tentei imaginar uma criança alta e com terninho. Pensei nela brincando, mas limpando sempre o seu caminho. Porque o que eu conhecia sobre a mente dos adultos, é que eles não suportam sujeira, nem lama, nem pó de nenhum dos tipos! E que eles sempre se preocupam em combinar a roupa com a ocasião... Combinam até a forma de se comportar. O que eu sei sobre o coração de uma criança, é que ele é repleto de vontade, de curiosidade e é insaciável por diversão. E seus olhos, pequeno, mas enxergam o que pouquíssimos adultos conseguem, aliás, diria que quase nenhum. Elas vêem a magia; o arco-íris interminável, o banho de chuva de verão, os cavaleiros e as princesas, os castelos e os dragões. A pureza.
Logo a curiosidade foi forte o bastante, e entrei na casa. As paredes externas eram invadidas e exploradas por plantas e flores que escalavam-na por completo. As flores se abriam quando o sol as tocava, e logo que a sombra vinha, adormeciam. A porta era de madeira entalhada com um rosto de anjo a agarrar uma argola com os dentes. Segurei a argola e bati-a três vezes. A porta logo se abriu; os móveis estavam cobertos por uma água tingida de azul. Pela janela o sol entrava, e reluzia na água azulada, formando quase dez arco-íris em vários cantos de onde surgiam goteiras intermináveis. Pulei encima de uma escrivaninha pregada à parede e fui subindo nos móveis para atravessar aquela água que, pela cor estranhamente azulada, não me parecia nada confiável.
Toquei na maçaneta de uma das portas, e antes que pudesse girá-la, a porta escorregou seus parafusos e caiu. Percebi que boiava e tentei me equilibrar ali encima. Tirei um toco qualquer de dentro d'água e comecei a remar. Nas paredes um velho papel de parede cobria até o teto, com estampa de flores e borboletas e listras que transpassavam-nas, rasgado em alguns pontos na qual saía dos buracos peixes de tamanho de um botão em todas as cores, até as mais extravagantes! Pus minha mão embaixo de uma da quedas d'água, mas não consegui nem se quer tocar em nenhum dos peixes. Perguntei-me de onde eles viriam, pois não havia visto como era do outro lado daquelas paredes. Talvez um tanque enorme carregado de peixes! Enquanto estava distraída com os peixes, nem me dei conta de onde prosseguia minha viagem, até sentir uma correnteza me puxar para uma portinhola aberta no chão, formando um mini redemoinho! Oh! Não quero morrer, Deus! Com meu remo, estiquei o braço para alcançar a portinhola deitada, quase totalmente coberta pela água. Coloquei o pedaço de madeira embaixo da porta e puxei com força, mas fora muito devagar e acabei fechando-a encima do meu bote-porta, quebrando-o ao meio.
Com água até a cintura, que eu começava a suspeitar ser algum tipo de corante, pois eu me senti como se tivesse caído num balde de tinta guaxe, irritei-me pelo cuidado à toa que tive em não me sujar. Mas, ao olhar com mais cuidado, vi pontinhos de todas as cores debaixo d'água. Mergulhei meu braço para tentar alcança-los e, para minha surpresa, se amontoaram em volta da minha mão, mesmo assim não conseguia tocá-los. Era como se estivessem tão curiosos quanto eu.

Continua...
Powered By: QUIZYOURFRIENDS.com

Postado por saumensch - 0 comments