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Mademoiselle Cochon

Uma mente perturbada?

 

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sábado, 15 de março de 2008

É um aperto inconfundível. Até pensei que fosse diferente, que havia sumido. Talvez que nem houvesse existido. Mas permaneceu, apesar de tudo, apesar de você. A verdade é que não é possível o esquecimento. Mas a pior coisa de todas, o pior de tudo MESMO, é que você não liga. Você não entende, você nem quer saber. Foge de todas as formas pra não nos cruzarmos, pra nem olhar em meus olhos e falar as verdades que você provavelmente gostaria de dizer. Não. Você anda apressado pra eu não te alcançar, passando os olhos por mim, fingindo que está me escutando. Eu percebo tudo isso, mesmo não fazendo nada. Você sabe ao menos porque eu não faço nada? Porque eu não avanço em você como um leão avançaria em sua caça?
Não, não sabe. E não te direi o porquê. Nunca direi. Te deixarei fazendo o que quer, até que perceba que alguma coisa está esquecida, alguma coisa foi deixada para trás. Talvez a sua felicidade, talvez a minha. Eu espero que um dia abra seus olhos. Ou que alguém especial pra você mude essa sua frieza. Não sei mais o que é desejar sua felicidade, afinal, vocÊ já sentiu alguma? De certa forma eu sinto remorso, de algum modo eu sinto pena. Mas são sentimentos patéticos e mundanos demais. Espero que haja perdão um dia.
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