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domingo, 8 de abril de 2012

Nunca É Para Sempre
Pelas coisas que passei, pelos assuntos que deixei de lado, vozes, rostos, vidas... Todos passaram, apenas. O sentimento de firmeza, permanência, que eu sempre sonhei existir - e buscar - se mostra agora como uma mentira, uma ilusão de filmes românticos querendo criar um sonho que jamais existiu em qualquer alma.

"Como pode ter tanta certeza de algo que não se pode ver, tocar, ou ao menos explicar?"

Lembrar que antes tudo parecia claro, óbvio. Tudo era apenas o meio de uma jornada na qual eu buscava o sentimento de permanencia, incontestável felicidade. Onde os altos e baixos iriam só acumular até o climax para enfim o equilíbrio da conquista.
Talvez por ver o amor como mais uma dessas idealizações sem sentido que, para mim, é quase impossível criar afeto - imagine demonstrá-lo - àqueles que o apreciariam se existisse. Prender-me a um único sentimento em relação a uma única pessoa se torna um fardo e, logo, mesmo que inicialmente fosse intenso e prazeroso, sinto-me presa, sentindo as limitações de coisas que nunca poderei contar, ou de pessoas na qual nunca poderei conhecer compulsivamente, pelo simples fato de ter de pensar em alguém antes de pensar em mim mesma.
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